quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

o começo do fim da passividade do consumidor

     De uns tempos pra cá, apenas ver TV, ouvir rádio ou ler jornais perdeu a graça. Simplesmente observar estaticamente e absorver conteúdo não é mais suficiente para nós, cidadãos da pós-modernidade! Com o desenfreado desenvolvimento da tecnologia e o crescimento constante da facilidade de se obter informação, a relação entre consumidores e a indústria de entretenimento vem mudando de forma. A interação entre mídias e pessoas só tem ganhado espaço, uma vez em que há a possibilidade de se divulgar filmes caseiros e outras criações amadoras de quem tem pouca grana. Os meios de comunicação deixam de ser controlados pelas grandes empresas, trazendo à tona obras de "pessoas comuns" a grande público.
     Essa falta de controle dos consumidores agora criadores aflige grande parte das grandes empresas, já que seu poder de provedora do entretenimento é limitado por esses novos provedores, que podem ser qualquer um com um computador e uma câmera de celular na mão. Por isso, muitas empresas acabam por tomar medidas proibicionistas, limitando e restringindo a liberdade dos indivíduos quanto à produção de determinados materiais.
       Por outro lado, outras empresas vêm apoiando essa liberdade, buscando usar do que produz o consumidor para divulgar as suas respectivas marcas. Estratégia bastante inteligente, apesar de complexa.  Conseguir ter sua marca divulgada e chamar a atenção dos que consomem em meio o turbilhão de informações que vivemos hoje é uma árdua tarefa.  Usar dos produtores amadores de informação para tanto é uma boa sacada, mas também de difícil execução.
      O fato é que é interessante como essa nova dinâmica gradativamente quebra em parte com a alienação dos antes meros expectadores. A expressão de opinião, diferentes pontos de vista, discussões e o acesso a diversas formas alternativas de arte é algo revolucionário, no momento que amplia a cabeça das pessoas para uma gama muito maior de conhecimento a cerca do mundo em que vivemos.
       Resta a nós começar a participar, contribuindo com nossas próprias formas de expressão, ajudando na reversão do cenário antes vigente. Vamos lá, todos podem mostrar o que tiverem a mostrar pro mundo!

3 comentários:

  1. OI Kara, acho uma boa visão. Quem gosta e tem talento para inventar qualquer coisa, independente de arte, "eureka" o filosofo que descobriu a força de gravidade tomando banho na banheira e saiu gritando nú pelas ruas "eureka" descobri. O grande gênio do cinema novo Glaube Rocha, já em época que a telecnologia engatinhava(25 anos que ele morreu)saiu com uma camera e fez filmes, que até hoje são respeitados; pode-se dizer que foi o "percursor do cinema novo". Nada impede que cada um crie sua arte, como vc. diz quem ganha são as pessoas que tem contato com novas idéias. As grandes empresas por certo poderão apreciar e colaborar botando o seu dinheiro em cima para a coisa fluir. Como vc, diz, o povo não ficará tão alienado.Ok!

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  2. Oiie
    que lindo!!
    tem msn?

    Juh

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